segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

HISTÓRIA: FESTAS DE SÃO JOÃO: TRADIÇÕES E EVENTOS CULTURAIS TIPICOS DO BRASIL



UNOPAR - UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO LICENCIATURA EM HISTÓRIA
 
JEAN DE MENEZES RABÊLO
JEAN VITOR ASSIS DE OLIVEIRA
LUCIANA LEMOS DOS SANTOS
RAFAEL RODRIGO CIRNE SANTANA
RUTE DE SOUZA
 
 
SALVADOR, BAHIA - 2012

 
TRABALHO CORRIGIDO POR: TIAGO LEDESMAN MARIANO
 
"Caros alunos seu trabalho esta parcialmente correto, pois existe uma carência muito grande de fontes e de referencias bibliograficas, lembre-se que as pesquisas devem fazer parte dos textos de forma clara, o que foi pesquisado onde e quando. Outra ressalva é com relação as normas disponíveis na Biblioteca digital, apesar do trabalho não sofrer nenhum desconto de nota, é muito importante que covês sigam criteriosamente o modelo disponibilizado."
 
CONCEITO: MUITO BOM
 
 
 




FESTAS DE SÃO JOÃO:
TRADIÇÕES E EVENTOS CULTURAIS TÍPICOS DO BRASIL
 
 
 
Trabalho interdisciplinar em grupo apresentado ao Curso de Licenciatura em História, 2º semestre da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, tendo como objetivo pesquisar e analisar as festas, tradições e eventos culturais típicos do Brasil.
Professores: Dirceu Casa Grande, Reinaldo Benedito, Taíse Ferreira, Okçana Battini, Giane Albiazzetti e Fábio Luiz da Silva.
 
 
 
SUMÁRIO


INTRODUÇÃO...........................................................................................................03
DESENVOLVIMENTO................................................................................................04
CONCLUSÃO.............................................................................................................06
REFERENCIAS..........................................................................................................08
 
 
1 INTRODUÇÃO


As festas juninas tem presença marcante em todas as regiões brasileiras, principalmente no norte e nordeste do país, tendo origem em países católicos da Europa para homenagear São João. Segundo alguns historiadores, as festividades foram trazidas para o Brasil pelos Portugueses no período colonial, época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal. Este trabalho tem como objetivo relacionar o tema da pesquisa com as regiões brasileiras em que acontecem as festas juninas e as mudanças ocorridas ao longo dos séculos, buscando contemplar especificamente a questão da regionalidade, dando ênfase a cultura na sua temporalidade, considerando as relações sócio-culturais de cada região.
 
 
De acordo com alguns historiadores, as festividades juninas foram trazidas pelos europeus, durante o período colonial. Nesta época, houve grande influência dos elementos culturais dos portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança que na época era a característica típica das danças da nobreza, influenciando no Brasil as típicas quadrilhas, que hoje ganham repercussão mundial nos concursos patrocinados por instituições televisivas. Vale ressaltar que a dança das fitas muito comum em Portugal e na Espanha, originária da Península Ibérica; a tradição de soltar fogos de artifício veio da China por ter ocorrido nesta localidade a manipulação de pólvora para fabricação de fogos.
Todos estes elementos culturais foram sendo aprimorados com o passar do tempo. Percebemos que a festa adquiriu a riqueza de várias tradições que foram incorporadas, misturando-se aos aspectos existentes nas diversas culturas espalhadas pelas comunidades; indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus, nas mais diversas regiões do País. De acordo João Carlos de Souza, ao citar Frederico Fernandes aborda que:
 
A festa de São João no Pantanal torna-se um cadinho onde
sentimos vibrações da cultura pré-cristã europeia, da
religiosidade dos missionários portugueses do século XVIII,
de árabes de onde vem a ablução do santo de índios e
de negros. Com certeza, toda essa variedade formou o
cimento que ainda sustenta a tradição...(SOUZA, João Carlos
de. O Caráter religioso e profano das festas populares... P.
335)
 

Adaptando-se às características particulares existente em cada grupo étnico, as festas juninas no Nordeste ganharam uma grande repercussão por ser neste mês o momento para homenagear três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Além de alegrar a comunidade local, as festas representam um importante momento econômico devido ao grande numero de turistas que chegam a região para acompanhar os festejos, gerando assim, fonte de renda e emprego. Vale salientar que, no nordeste a seca é um problema grave e é no mês de junho que os nordestinos aproveitam o momento festivo, para agradecer as chuvas que caem na região, mantendo desta forma, a agricultura local. A música do cantor e compositor Luiz Gonzaga, retrata a realidade da seca no nordeste brasileiro:
 
“Quando "oiei" a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação...
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de "prantação"
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão...”
(GONZAGA, Luiz. Asa branca)
 
O mês de Junho é caracterizado por danças, fogueiras, comidas típicas, e bandeirinhas que consiste em levantar um mastro com três bandeirinhas na parte superior, simbolizando os três santos católicos, Santo Antônio, São João e São Pedro. Além das peculiaridades de cada região, a festa junina inicia no dia 13 de Junho dia de Santo Antônio, encerrando no dia de São Pedro. Os dias 23 e 24 são datas marcantes nas festas juninas, dia em que São João é homenageado. É notável na festa um núcleo religioso cristão, cujo referencial é a Bíblia. De acordo com a Bíblia, São João Batista foi um profeta que vivia no deserto, pregador da justiça e da verdade, que anunciava a vinda de Cristo. Vestia-se de pele de animais e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. Ressalta ainda a sua morte no dia em que festejava o dia natalício de Herodes.


Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias
diante dele, e agradou a Herodes. Por isso prometeu, com juramento, dar-lhe tudo
o que pedisse; E ela, instruída previamente por sua mãe, disse: Dá-me aqui, num
prato, a cabeça de João o Batista. E mandou degolar João no cárcere. E a sua
cabeça foi trazida num prato, e dada à jovem, e ela a levou a sua mãe.
 (Bíblia Sagrada: Mateus 14. 6-8,10 e 11)


Para celebrar a data, um ritual de festejos acontece em toda a região, tais como: concurso de quadrilhas, forrós, leilões, bingos, danças em volta da fogueira, queima de fogos e casamentos caipiras. Ressaltamos aqui que os rituais acompanham os costumes de cada região. Na região sudeste, por exemplo, ainda perdura a tradição das quermesses realizadas pelas paróquias, composta por barraquinhas de fogos e comidas típicas. Não vamos nos prender nesse tema, pois o nosso alvo no momento é a região nordeste. Segundo Souza (2004), “como parte integrante da festa, a comida, a alimentação dos convidados merece um olhar mais detido”. Percebemos que os quitutes adquirem uma importância significativa, principalmente para as pessoas com mais idade, que ainda preservam essa tradição bem viva no interior nordestino, recebendo com entusiasmo os visitantes que chegam para os festejos. Tais atitudes levam-nos a fazer uma relação com os rituais religiosos na comunhão dos católicos, lembrando o ato da “eucaristia”. Ainda mencionando Souza (2004), “os mais ricos bancavam as despesas sozinhos, enquanto os pobres faziam coletas para conseguir oferecer a comida e cumprir sua promessa gerando assim, espaços para solidariedade”. Podemos citar um dos mais famosos pratos típicos dos festejos juninos, que são oferecidos pelos anfitriões das festas:

Canjica de Milho verde
20 espigas de milho verde
1 kg de açúcar
1 xícara de manteiga ou margarina
1 caixa de creme de leite
5 litros de leite
Sal a gosto
1 coco
Canela a gosto.
(RECEITAS POPULAR)
 
No nordeste ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Grupos de homens e mulheres que saem nas noites de São João andando e cantando pelas ruas das cidades, passando pelas casas comendo, bebendo e dançando. As práticas católicas devocionais, como a novena, a reza e a veneração das imagens dos santos perduram até hoje. Vejamos a seguir um trecho da entrevista com o senhor Antônio Cunha (60), natural de Santo Amaro da Purificação-BA.
 
“A tradição da festa aqui na cidade perdeu muito da sua essência,
principalmente, na parte religiosa. Antigamente tinha concurso de
quadrilhas, hoje não vemos mais. As festas quando eram na praça
principal da cidade, era só o tradicional forró pé de serra. Hoje tem
as misturas de musicalidade, é axé, arrocha e por aí vai. Ainda
existem as novenas de Santo Antônio, a quermesse com poucas
barraquinhas, que se misturou muito com jogos eletrônicos e outros
tipos de brinquedos, e nas noites de São João, tem apresentação de
quadrilha, queima de fogueira, que para aquelas pessoas, que
seguem a tradição, perduram até a noite de São Pedro, que é
considerado o protetor das viúvas.”
 
 
3. CONCLUSÃO

Na elaboração deste trabalho, foi possível identificar a origem das festas juninas, bem como fazer uma relação da tradição na sua gênese com os dias atuais. Observamos também que além das comemorações para São João, há ainda as festas Antoninas que ganham força nos centros urbanos. Por ser este santo responsável pelas brincadeiras as festas estão enraizadas de arte popular com suas influências próprias das regiões cheias de pureza, ingenuidade, poesia e inspiração. A fogueira e o casamento atravessam os tempos, dependendo da região, a festa junina apresenta caráter peculiar com a cultura da localidade. Verificamos que as transformações vão surgindo ao longo dos tempos, os ritos recebem influências nas regiões onde passam, ganhando com isso algumas particularidades, mais a sua essência, na adoração aos santos permanece
.
 

 
2 REFERENCIAS

Disponivel em: http://portal doprofessor.mec.gov.br/ Acesso 10/06/2012
Disponivel em: www.suapesquisa.com Acesso 10/06/2012
Disponivel em: http://pt.wikipedia.org Acesso 10/06/2012
Disponivel em: http://g1.globo.com Acesso 10/06/2012
Disponivel em: http://educacao.uol.com.br Acesso 10/06/2012
Disponivel em: http://muraldooeste.com Acesso 10/06/2012
SOUZA, João Carlos de. O Carater religiogo e profano das festas populares: Corumbá, passagem do século XIX para o XX. Ver. Bras. Hist.[oline] 2004, vol. 24, n.48,pp.331-351.Disponível em: http://www.sicelo.br/pdf/rbh/v24n48/a14v24n48.pdf 
Entrevista realizada pelo grupo. Santo Amaro-BA; 11.06.2012


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Meu nome é Luciana Lemos dos Santos, seja bem vindo ao meu Blog, neste espaço vou compartilhar com vocês as aprendizagens e experiências vividas ao longo dos meus estudos. Sou Pedagoga pela FTC e UFBA; Historiadora pela UNOPAR; Pós-Graduação para Especialização em Docência na Educação Infantil pela UFBA/cursando (2014/2016) Kiss.