sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

GLOBALIZAÇÃO EDUCACIONAL

FTC - FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
 
LUCIANA LEMOS DOS SANTOS
 
Salvador, Bahia - 2011 Dissertação solicitada como avaliação parcial da disciplina Abordagens Sócio-Políticas da Educação, ministrada pelo orientador Aldo Costa, pela Faculdade de Tecnologia e Ciências ­– FTC.



GLOBALIZAÇÃO EDUCACIONAL

O planeta, desde o seu surgimento, vem sofrendo constantes transformações, oriundas tanto da ação da natureza quanto da necessidade dos homens em conquistar novos espaços ou adaptar o ambiente ao seu redor. Mas nem sempre foi possível acompanhar todas estas mudanças, justamente por conta dos meios de comunicação disponíveis a cada época. Com as grandes distâncias, uma simples carta poderia levar semanas entre jornadas pelo mar e mensageiros que andavam a cavalo. Contudo, é inquestionável que estes meios evoluíram e a informação está acessível imediatamente, seja através de fax, e-mail ou uma pequena mensagem enviada por telefone celular. Infelizmente, é notável a constatação de que a educação não tem evoluído à mesma velocidade que a informação. A sociedade tem sido moldada com os mesmos ideais de um século atrás, formando alunos alienados para o que acontece no meio em que estão inseridos. A partir deste momento, recai sobre a escola a competência de introduzir os conteúdos do cotidiano, que são transmitidos através dos mais modernos meios de comunicação, sem perder a essência da educação.
Infelizmente, o advento tecnológico não chegou com tanta força a todos os lugares do mundo. Ainda é possível constatar a existência de grande parcela da população desprovida de meios de acesso à informação. Por conseguinte, esta exclusão vai desde a falta de recursos básicos – em muitas escolas, percebe-se a ausência dos elementos mais essenciais, como acomodações para os alunos, passando pela merenda escolar, chegando ao material didático – até a falta de preparo dos docentes na transmissão do conteúdo escolar. A constante utilização de métodos retrógrados e conteúdos maçantes, desvinculados da sua atualidade histórica, resultam em uma triste realidade marcada pela falta de empenho e manifestações de indisciplina. Porém, não é simplesmente por trás da falta de recursos que se escondem os problemas da educação. É possível perceber que até em ambientes em que se fazem presentes os tão almejados adventos tecnológicos, como computadores e acesso a Internet, aparelhos de televisão, DVD Players e um acervo com publicações de qualidade, existem problemas educacionais. Afinal, para a boa utilização dos meios faz-se necessário o empenho de bons educadores que saibam inserir os benefícios conquistados pela tecnologia no cotidiano do aluno, tornando-o mais receptivo a inovações e despertando o hábito da não-acomodação na sua busca por informação e no seu crescimento enquanto aluno e pessoa.
É preciso idealizar uma maneira eficiente de levar o conhecimento, de uma maneira prazerosa, até os alunos, já que levar a tecnologia a todas as escolas do mundo está mais para uma utopia. Através de simples atividades com a utilização de periódicos, é possível atualizar e entreter. Seja através do rádio, da televisão, de revistas ou jornais, sempre há uma possibilidade de trabalhar com os assuntos que movimentam o mundo. Contudo, torna-se necessário focar que a globalização educacional objetiva derrubar inclusive os limites do idioma e que nesta integração devem estar inclusos, também, os portadores de deficiências. É de suma importância o incentivo à adequação das escolas para atender àqueles que possuem necessidades especiais. Os educadores devem estar preparados para lidar diretamente com eles, sem a necessidade de intervenção de um intérprete, minimizando assim o abismo que separa um aluno deficiente daquele considerado normal.
Contudo, acima de qualquer dificuldade, é preciso inserir aos valores docentes a certeza de que a reconstrução educacional é possível e de extrema importância. Cabe ao professor ir além da idéia, ainda hoje pré-concebida, do mestre como figura intocável e inatingível diante do educando, portando-se como um mero repetidor de conceitos imutáveis ano após ano. Faz-se necessária a reinvenção da figura do professor, deixando para o passado os modelos tradicionalistas e partindo para a sala de aula com uma bagagem que vai além do limitado uso do livro didático. Porém, como incentivar os alunos a fazer uso de tecnologias, a fim de estar a par das transformações, se muitos professores ignoram o uso da mesma? Para tanto, esta reforma tem de ser iniciada em suas bases, fazendo da inclusão digital um pré-requisito para o currículo docente. Não basta, apenas, querer mudar os métodos de ensino nas séries iniciais, mas consentir mudanças na formação do professor, reformular a sua abordagem de uma maneira que consiga levar o universo de informações para a sala de aula e realizar trabalhos e projetos que despertem a capacidade de entendimento dos alunos. Em resumo, é válido ter firme a idéia de que para realizar esta reinvenção do sistema de ensino é preciso ter mais que recursos, mas o prazer de educar e lutar por estes ideais.

 
REFERÊNCIAS

MACHADO, João Almeida. Currículo Oculto e Currículo Oficial: Sintonizando as salas de aula e o mundo exterior. Disponível em: http://www.faef.edu.br/testergb/downloads/images/curriculooculto.pdf. Acessado em 21/05/2008.


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Meu nome é Luciana Lemos dos Santos, seja bem vindo ao meu Blog, neste espaço vou compartilhar com vocês as aprendizagens e experiências vividas ao longo dos meus estudos. Sou Pedagoga pela FTC e UFBA; Historiadora pela UNOPAR; Pós-Graduação para Especialização em Docência na Educação Infantil pela UFBA/cursando (2014/2016) Kiss.