sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A SUSTENTABILIDADE NA EDUCAÇÃO

Ainda que a depreciação do planeta Terra venha acontecendo há centenas
de anos, apenas em 1987 houve a primeira manifestação em prol da preservação
deste, por parte de governantes de todo o mundo. Surgia, então, o termo
desenvolvimento sustentável, utilizado pioneiramente pela Comissão Mundial sobre
Ambiente e Desenvolvimento (CMAD), no Relatório de Brundtland. Dentre uma série
de medidas necessárias para promover um futuro sustentável, a proposta que
melhor foi ressaltada frisava suprir as necessidades contemporâneas sem interferir
nas próximas gerações.
Contudo, após 22 anos de história, o idealismo, que era pioneiro, fez-se cada
vez mais presente nos diversos discursos e em distintas áreas, firmando a real
necessidade de ser propagada.

Desenvolvimento Sustentável é um conjunto de
processos e atitudes que atende às necessidades
presentes sem comprometer a possibilidade de que as
gerações futuras satisfaçam as suas próprias
necessidades. (CMMAD apud WWF, 2008)

2. CONSCIÊNCIA E DISSEMINAÇÃO DE UM IDEAL

É certo que os grandes debates e tratados ambientais (Conferência de
Estolcomo, ECO 92, Protocolo de Kyoto) se fizeram mais ativos nestas últimas duas
décadas, contudo esta consciência não pode se limitar às convenções, mas se
estabelecer na educação desde as suas bases.
As condições ambientais chegaram a um estado alarmante e, mais do que
nunca, é momento de mudar. O termo Globalização, que antes foi usado para definir
a expansão e unificação do capitalismo mundial, agora precisa ser remodelado,
derrubar as barreiras do idioma e visar a união de todos os povos por um benefício
em comum: a sobrevivência.
No entanto, vale a pena frisar que antes de cobrar o bom e sustentável
desenvolvimento de cada grupo, tem-se que sanar um problema que desencadeia
outros diversos empecilhos: a desigualdade social. Desmistificando esta idéia
capitalista de que os países devem ser rotulados como desenvolvidos, ou não, e
tratando os problemas sociais, será possível construir uma nação sem fronteiras e
capaz de gerir suas demandas.

3. A SUSTENTABILIDADE E O AMBIENTE ESCOLAR

Faz-se necessária a consciência de que os recursos naturais são limitados. O
planeta Terra é a única casa que os seres humanos tem e precisam preservá-la.
Para tanto, o posicionamento acerca da sustentabilidade não deve partir apenas das
grandes organizações, mas das empresas do setor privado (na conscientização do
seu corpo de funcionários), ONGs e, principalmente, no currículo escolar. Esta
consciência precisa ser plantada ainda nas séries iniciais, para que a prática da
sustentabilidade seja um hábito, ao invés de uma imposição.

Já se entende que a educação é uma ferramenta
fundamental para o desenvolvimento sustentável. E que
ela não deve ser restrita aos bancos escolares, senão
alcançar o ambiente familiar e o do trabalho. Deve ser
muito mais do que informação, senão percepção,
entendimento e compreensão da vida humana em suas
relações pessoais e com a natureza. O contexto social
que cada indivíduo compõe deve ser por ele entendido,
bem como suas obrigações e responsabilidades.
(ANDERÁOS NETO, 2006)

Entretanto, prevalece uma questão muito importante: como inserir os ideais
de sustentabilidade nos ensinamentos e cotidiano das crianças? A inserção do
conteúdo no currículo escolar deve começar nas universidades, na formação dos
professores e na metodologia que será aplicada mais adiante. Para um bom
desenvolvimento, valoriza-se a utilização de ferramentas de comunicação como
aliado, disseminando valores instantaneamente, através da Internet ou vídeoconferências,
e burlando todas as possíveis barreiras entre os povos.
Como diz Gadotti (2003): “Todas as nossas escolas podem transformar-se em
jardins e professores-alunos (...) em jardineiros.”. Na curiosidade que reside em cada
criança para entender o sentido da vida e as suas vertentes, é possível inserir os
fundamentos necessários à construção de um novo modelo educacional que preze
pela manutenção do planeta em que se vive.
Junto com uma nova era chega, também, um novo desafio para os corpos
docente e discente. A fim de plantar um bom futuro para as próximas gerações, o
homem tem de se preparar para derrubar os conceitos de um século de
desenvolvimento e iniciar um período de sustentabilidade.

REFERÊNCIAS

ANDERÁOS NETO, Nagib.
http://www.webartigos.com/articles/831/1/educacao-e-sustentabilidade/pagina1.html
Publicado em: 30/12/2006. Acessado em 23/04/2009.
GADOTTI, Moacir.
Hamburgo, RS: Editora Feevale, 2003.
WWF. O que é desenvolvimento sustentável? Disponível em:
http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentav
el/index.cfm. Publicado em: 05/06/2008. Acessado em: 23/04/2009.
Educação e Sustentabilidade. Disponível em:Boniteza de um sonho: Ensinar-e-aprender com sentido. Novo
1. O MEIO AMBIENTE E A SUSTENTABILIDADE

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Meu nome é Luciana Lemos dos Santos, seja bem vindo ao meu Blog, neste espaço vou compartilhar com vocês as aprendizagens e experiências vividas ao longo dos meus estudos. Sou Pedagoga pela FTC e UFBA; Historiadora pela UNOPAR; Pós-Graduação para Especialização em Docência na Educação Infantil pela UFBA/cursando (2014/2016) Kiss.